Descobre-se que é feliz quando você sabe bem que pode contar com você mesmo sempre e não abre mão de sua companhia por nada desse mundo. É feliz quem dá conta de eliminar barreiras contra seus sonhos, deletar pequenos seres hostis e sem qualquer relação com a sua índole, excluir do seu coração aqueles que não conhecem um milésimo que seja da sua capacidade de fazer tudo bem-feito.
Feliz por conseguir algo por si próprio, feliz por separar bem as coisas e se enxergar sozinha num mundo apático e em desarmonia cromática, feliz por encarar o fundo do poço e sair dele com dignidade, sem valorizar o óbvio, sem acreditar em ninguém que não seja você mesmo, feliz por dar ouro aqueles que não hesitam em te dar amor, por manter-se firme na corda bamba, por compartilhar sentimentos puros com quem quer que seja até esse indivíduo mostrar-se digno de ganhar um terço da sua sabedoria. Porque até para amar é preciso avaliar, para doar é necessário ponderar tudo o que há a seu redor e pesar prós e contras.
Tudo isso não é porque sou a Srta Amarga, não, muito pelo contrário, amo com tanta intensidade que valorizo o sentimento e é por isso mesmo que estudo a fundo a melhor maneira de viver a emoção em um mundo que vende o ódio a preços muito baixos. é o amor quem vale muito, caro demais para 90% da população.
Mas isso é perfeitamente aceitável, nós vivemos o caos da superficialidade, o sistema de compra e venda, o poder do descartável, a instantaneidade do tempo, a desvalorização do homem. Prometi para mim mesma não errar nunca mais, mas sabemos muito bem que, se eu quiser continuar amando, vou errar mais e mais vezes por aí.
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